26 janeiro 2015

Power - Capitulo 26

Olá amores! Como estão? A Segunda Temporada começa agora! Já lhes aviso que a Guerra é algo para os fortes, pois neste momento os fracos serão dizimados.
Eu sou algo fraco
Você me faz implorar, implorar
Estou de joelhos
Eu não quero precisar do seu amor
(Maroon 5 - Sugar)

"Extra! Extra! A Guerra continua fazendo vítimas..."

"Extra! Extra! Ao que parece nada consegue derrotar as forças inimigas..."

"Extra! Extra! O inimigo conseguiu conquistar mais um território esta manhã..."

Os jornais estavam loucos, na medida que passava por algum jornaleiro a notícia mudava para pior. Me dirigia apressadamente de volta para meu pequeno apartamento que havia comprado depois que fiz dezoito anos, agora com vinte e um tinha que ficar sumindo de vez em quando, já que Patrick colocou minha cabeça a prêmio.

Meus cabelos antes cumpridos chegando a cintura, hoje não passava dos ombros, Marie dizia que destacava meus olhos já eu achava mais prático na hora de lavar ou fugir.

Assim que me encontrava segura naquele apartamento me joguei de bruços no sofá. Fechei meus olhos por alguns instantes.

Quando os tornei a abrir o céu já se encontrava escuro, ainda podia-se ver alguns raios solares, passei minhas mãos despreocupadamente pelo rosto e cabelo. Senti minhas mãos molhares graças ao suor e fiquei com nojo. Saí daquele sofá e senti minhas costas estalarem, caminhei pelo pouco espaço até meu banheiro, lá me despi e tomei uma ducha.

Me enrolei em uma toalha e saí daquele comodo. Caminhando pelo corredor senti um vento gelado me tocar e estranhei, eu não havia deixado nenhuma janela aberta. Apertei minha mão em uma parte da toalha para impedir que ela caísse e segui até a sala, lugar onde vinha o vento.

Tomei um susto ao ver quem se encontrava sentado com os pés em cima da minha mesa de centro. Fiquei o encarando incrédula antes de tomar alguma atitude.

- Zayn?- chamei ainda desacreditada. O mesmo se virou na minha direção e sorriu. Logo, ele tirou os pés de cima de minha mesa de centro, se levantou, caminhou despreocupadamente até eu e assim que parou a minha frente me abraçou apertado. Tentei retribuir da melhor maneira que consegui, afinal ainda vestia apenas a toalha.
- Como você cresceu!- disse ele se afastando. Assim que ele percebeu os trajes a qual vestia, seu rosto se enrubesceu e o mesmo se afastou.- Acho melhor você se vestir antes de conversarmos!- decidiu ele me virando em direção ao corredor e me dando um leve empurrão em seguida.

Ainda perplexa caminhei em direção ao meu quarto. Assim que passei pela porta a tranquei e me encostei ali, esperando que minha mente trabalhasse rapidamente novamente.

[...]

Já vestida, destranquei a porta do meu quarto e saí. Respirei fundo e fui até a sala, onde encontrei meu recém visitante na mesma posição ao qual o encontrei antes.

- Da para tirar seus pés da minha mesa?- perguntei retoricamente, percebi que ele acabou tomando um susto e retirou rapidamente os pés dali. Me sentei ao seu lado e pelo visor da TV ficamos nos encarando.- O que você veio fazer aqui?
- Não podia?- retrucou ele.
- Afinal, como você me achou?- perguntei e o encarei pela primeira vez. Ele fez o mesmo.
- Marie disse que você sempre gostou daqui antes de sumir!- claro! Como eu não tinha pensado nisso antes.- Precisamos conversar!- falou ele. Acho que ele percebeu que eu iria fugir novamente, pois segurou meu braço e ficou sério.- Não estou de brincadeira hoje, então para de fugir.
- Não estou fugindo!- me defendi.
- Está sim...- disse ele.
- Iremos conversar, Malik!- suspirei cansada.- Agora me solta, sim?

O mesmo me soltou e eu levantei. Começando a andar de um lado a outro, claro sinal de nervosismo. De acordo com Marie, quando eu ficava nervosa andava por qualquer comodo de um lado a outro sem parar, se eu ficasse irritada fechava a mão em punhos e de resto vivia mordendo os lábios, principalmente se estava pensando muito.

Foi lembrando desses fatos que parei de imediato e me joguei no sofá, ao lado de Zayn. Bufei cansada.

- Eu posso esperar a noite toda...- comentou ele se preparando para colocar os pés na minha mesa. Eu o olhei séria e ele sorriu, o mesmo não colocou os pés na minha mesa.
- Depois da morte de minha família eu enlouqueci.- falei e suspirei encarando o nada.- Foi o meu pior momento. Eu só tinha 16 anos e havia acabado de perder o meus bens mais valiosos.- respirei fundo e comecei a encarar a TV.- Marie, era a única autorizada por meu pais a cuidarem de mim caso algo acontecesse. Foi isso o que ela fez e ainda faz até hoje desde aquele dia... Depois, que ela me pegou naquele hospital, a mesma me levou para um Hotel longe da cidade me colocou para dormir e voltou até minha casa, apenas para pegar algumas roupas.- respirei novamente.- Quando eu acordei sozinha, fiquei com medo e em algum momento acabei me fechando do mundo ao meu redor. Eu ainda estava em estado de choque quando Marie me dizia que cada um de vocês me ligavam todos os dias, chegou um momento em que eu me olhava no espelho e tinha o mais puro ódio. Foi em uma dessas encaradas que eu revolvi sair daquele local e me afastar de tudo.- ri sozinha.- Foi o ano mais longo de toda a minha vida e também foi o ano em que eu enlouqueci de vez...- ri novamente só que dessa vez o encarei, o mesmo me encarava sério e tão emotivo.
- Continua.- pediu ele.- Eu preciso entender tudo isso...
- Não há o que entender... Eu simplesmente fugi! Eu fui covarde!- exclamei cansada.
- Termina a história e eu decido sobre o que achar sobre você.

Neguei com a cabeça e bufei.

- Quando eu completei 17 anos, Patrick fez questão de me achar e me desejar feliz aniversário. Ele fez com que eu relembrasse cada cena que eu vivi naquele véspera e noite de Natal. E então eu o odiei. Odiei como nunca senti antes. Odiei-o com todas as minhas forças. Odiei demais. E no final todo o meu ódio me reergueu. Quando completei 18 anos, fiz questão de comprar esse apartamento com o meu dinheiro e voltei a treinar arduamente como meu pai havia me treinado. Eu treinava dia e noite interruptos ou até o cansaço me vencer.- respirei fundo e senti as lágrimas lutarem para sair de meus olhos.

Respirei fundo e me levantei, voltei a andar pela sala, de um lado a outro. Vi as luzes se acenderem pela vista da varanda e caminhei até lá. A neve começava a cair como naquela véspera, a cidade estava iluminada igual, mas toda aquele encanto que eu via e todo o sentimento que sentia não estava mais igual. Eu havia me tornado oca demais!

- Com 19 anos eu protegi cada uma das pessoas que cuidaram de mim junto com a Marie, e então fiz o que imploraram para que eu não fizesse, sumi. Ah, Zayn! Se você soubesse como o resto de minha adolescência e começo da faze adulta foram trágicas... Mas sabe?- perguntei me virando para ele que já se encontrava em pé ao meu lado. Ele apenas negou.- Eu agradeço por cada uma dessas situações que passei. Caso contrário não teria me tornado no que sou hoje!- sorri fraco.
- Eu sinto muito por ter demorado tanto tempo para te encontrar... Eu sinto muito mesmo por isso!- falou ele me aconchegando em seus braços.
- Não se preocupe, Malik!- falei e me soltei dele voltando para o sofá;- Acho que já está na hora de voltar ao mundo real.

[...]

Já estávamos dentro daquele Range Rover há exatas quatro horas e eu não conseguia mais sentir minha bunda. Pela milésima vez eu me remexi tentando me ajeitar naquele banco e pela milésima vez ouvi Zayn bufar.

- Se você continuar se mexendo...- ameaçou ele.
- Vai fazer o quê?- perguntei divertida.
- Eu te grudo nesse banco por mais um tempo e eu não estou brincando.- respondeu ele me encarando com uma de suas sobrancelhas arqueadas, logo o mesmo voltou seu olhar para a estrada, eu bufei, mas fiquei quieta.
- Falta muito para chegarmos naquela cidade?- perguntei passando a mão pelo rosto e cabelo.
- Não. Só mais alguns minutos e estaremos lá.- respondeu ele baixo.
- O que você está omitindo?- perguntei desconfiada, mas ele me ignorou. E como eu sei disso? Pois ele apertou o volante com força e seu corpo ficou tenso.

Preferi ficar em silêncio e continuar sendo indiferente a toda a situação. Voltei a observar a paisagem que passava rapidamente do lado de fora e aos poucos fui percebendo que aquele caminho que eu conhecia havia morrido.

As vastas terras verdes que eu admirava sempre havia sumido, no lugar só havia terra e grandes buracos ali. Logo o Sol deu sinal de vida e aquele nascer do Sol era vermelho sangue, e não laranja. Assustei-me assim que consegui enxergar com maior clareza aquele local. Junto a terra existia sangue. Sangue!

Abri a janela e o odor horrível da morte invadiu o interior do carro, as náuseas se apossaram de meu estomago, mas eu fui fria e fingi que aquilo não me afetava. Pedi que Zayn encostasse o carro e depois de relutar um pouco, ele o fez.

Desci do carro e senti os saltos de minha bota serem absorvidos pela terra. Comecei a andar por aquele local, ignorando os olhares confusos de Zayn sobre mim e assim que cheguei perto da unica arvore em pé ali, fechei meus olhos e coloquei minha mão sobre ela.

Nada melhor do que saber sobre aquele lugar do que com a unica sobrevivente.

As imagens chegaram com força e velocidade, de primeiro acabei me afastando assustada, de olhos abertos pude ver Zayn andar em minha direção apressadamente. Eu o encarei confusa e novamente toquei aquela arvore.

"Crianças se divertiam despreocupadamente, enquanto seus progenitores lhes protegiam e conversavam entre si. Porém, toda aquele onda de paz acabou assim que ele apareceu.

Patrick estava envolto de uma capa preta. E, novamente, ele destruiu uma família. Só que dessa vez foram várias ao mesmo tempo.

Gritos desesperados e choros descontrolados eram ouvidos. Instantes depois o sangue se destacou no meio daquele verde. Aquela linda tarde ensolarada se tornou escura.

A partir daquele dia tudo mudou. O Sol amarelo se tornou vermelho. A grama verde se tornou marrom. E com o tempo tudo morreu.

Não havia sobrado absolutamente nada, apenas aquela arvore. A mesma resistiu ao Sol vermelho, a grama morta, as chuvas destrutivas e a ira de Patrick, mas resistiu só para me contar uma história."

Senti uma lágrima solitária rolar pela meu rosto. A limpei rapidamente e abri meus olhos, assim que me virei encontrei Zayn de braços cruzados encarando o horizonte a nossa frente. Percebi que estávamos no topo de uma pequena montanha.

Novamente me senti estranha ao ver toda aquela destruição e então as imagens anteriores me atingiram. A culpa chegou com força e eu respirei fundo, abaixando minha cabeça. Se eu não tivesse desistido nada disso teria acontecido...

Fui surpreendida por braços fortes me protegendo em um abraço. Respirei fundo o perfume de meu amigo e segundos depois nos afastei. Lhe lancei um sorriso fraco e o puxei de volta ao carro.

[...]

Não percebi o tempo passar e quando me toquei, Zayn estacionava seu carro em uma garagem subterrânea no meio do mato. Estranhei aquele fato, mas não me incomodei, afinal as coisas haviam mudado. Eu que não iria ser a novata rebelde novamente.

Assim que ele parou o carro, o mesmo começou a me encarar e eu o olhei esperando que ele falasse algo.

- Dá para dizer o que tanto lhe aflige?- perguntei cansada.
- Eu só quero lhe dizer que não é nada disso que você vai supor e que eu ainda sou confiável.- ele disse e saiu do carro me deixando com uma interrogação no cérebro.

Revirei os olhos e segui seus passos.

Conforme andávamos por aqueles corredores subterrâneos e mal iluminados, eu ia reconhecendo aquele locar. Era a minha casa!

Parei de súbito! Não conseguia me mexer todas as imagens daqueles três dias voltaram com tudo a minha mente e eu me vi perdida novamente. Minhas pernas ficaram fracas e eu cedi. Minhas pernas não aguentaram mais o meu peso e eu caí de joelhos.

Eu não conseguia mais chorar por aquilo, então simplesmente fiquei caída ali. Os braços de Zayn me rodearam, mas eu apenas o afastei.

- Por favor! Não me afaste agora...- pediu ele baixo ajoelhado a minha frente. Eu não sabia o que fazer naquele momento, então o puxe de volta para um abraço.

[...]

Já estávamos sentados ali há uma hora e eu finalmente estava calma. Olhei para Zayn e sorri, o mesmo retribui e se levantou, me ajudando em seguida.

Voltamos a seguir aquele corredor como se nada houvesse acontecido minutos antes. Cada passo que eu dava era uma lembrança que eu revivia.

Assim que a claridade invadiu minhas retinas, fechei meus olhos por impulso e tornei a abri-los. Fiz alguma careta de desagrado, pois meu amigo riu e com um sinal fez com que eu o seguisse.

Conforme caminhávamos eu observava tudo. A cozinha continuava a mesma, a sala estava irreconhecível e paramos em frente a biblioteca, assim que Zayn abriu aquela porta me surpreendi. Os livros continuavam em seus devidos lugares, mas todos os aparatos tecnológicos de ultima geração também ocupava aquela sala.

Arqueei minhas sobrancelhas descrente com aquilo, ouvi Zayn chamar alguém e no segundo seguinte, todos os meninos surgiram ali, inclusive Marie. Cruzei meus braços frente a meu peito e encarei a todos ali.

Percebi me encarando seriamente e eu me senti um menininha novamente, me senti do mesmo modo de quando eu era criança e aprontava algo. Sorri para aquele doce senhora, ela retribuiu por um momento, porém ficou seria rapidamente.

- Olá!- saudei.
- Olá? Só isso que você tem a me dizer?- perguntou ela dando um passo a frente.- Você sumiu por três anos, (Seu nome) Hunt! Três anos!- exclamou ela dando outro passo, mas ela ficou tonta.

Tudo ocorreu rápido demais. Em um segundo ela me dava uma bronca, firme e forte, e no outro ela parecia frágil ao extremo. Usei minha velocidade e a segurei a tempo. Seu sorriso novamente iluminou seu belo rosto e eu sorri com aquilo. Meus antigos amigos se aproximaram depois de algum tempo.

- Eu odeio quando você se fecha. Eu odeio quando você é indiferente a tudo e todos ao seu redor. Eu odeio, principalmente, aquele dia em que tudo mudou com todas as minhas forças.- falou ele suspirando, enquanto eu a mantinha em meus braços, ela se sentou e eu permaneci com ela em meus braços.- Mas eu amo você, criança! Amo como você sempre cuidou de todos que trabalharam para você. Amo como você sempre se importou com tudo e todos. Eu amo você, minha menininha!- falou ela maternal e eu sorri sinceramente.- Mas eu temo não ter mais forças para lhe acompanhar...
- E eu temo te perder.- lhe disse calmamente.

Percebi todos os olhares sobre a minha pessoa. Eu sei que nunca fui de expor meus sentimentos, mas uma coisa que aprendi é: nunca deixe algo que você pode fazer hoje para depois.

- Agora é minha vez de cuidar de você, Marie!- falei ternamente e a levantei juntamente comigo.- Agora é minha vez de retribuir tudo o que você já me fez...- disse e sorri abertamente.
- Eu sabia que minha garotinha ainda estava aí...- falou ela apontando para o meu coração. Eu pensei em retrucar, mas preferi ficar em silêncio.- Eu sempre soube!- falou ela cansada.
- Vá se deitar, doce Marie!- ordenei usando meus poderes mentais pela primeira vez naquela cidade.

Ela me deu um beijo na testa e sumiu daquela sala. Eu respirei fundo e encarei Zayn que me olhava com um sorriso enorme estampando seu belo rosto.

- Não se anime, garotão!- falei o encarando.- Meu coração endureceu a muito tempo atrás. Marie que continua tendo esperanças...- suspirei.
- (Seu nome)!- ouvi meu nome ser exclamado por alguém que estava a minhas costas. Me virei rapidamente e encontrei minhas antigas amigas me encarando.
- Olá, Victoria!- falei séria. Aos poucos vi o sorriso delas sumirem e eu não senti nenhum arrependimento naquele ato.- Amber, Rebecca, Ella!- cumprimentei cada uma com um aceno.

Me virei novamente para meus antigos amigos e esperei que alguém se pronunciasse. Eu esperei, esperei, esperei... Até que cansei e caminhei a uma parede próxima me encostando nela.

- Alguém vai me dizer do por que de terem mandado o Malik ali me encontrar?- perguntei encarando a todos.

Uma sessão de encara-encara se iniciou, eu logo percebi que ficar em pé só me cansaria, então caminhei até a antiga poltrona de meu pai e me aconcheguei ali. Novamente, esperei!











Nota da Autora: Foi mal a demora... Então como vocês estão? Espero que bem! Até a próxima, amores!














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4 comentários:

  1. Uhuuuullll 2° temporadaaaaa uhuuuuuullll tuts tuts.... kkkkkkkk
    Sem comentarios... só de. Uma coisa essa fanfic ta me surpreendendo mais do eu esperava... especialmente espero que continue rápido... bjss

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    1. Que bom que Power está lhe surpreendendo a cada capitulo, pois este é o meu objetivo!
      Continuarei assim que terminar de escrever o próximo capitulo.
      Beijos e até xXx

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  2. G-ZUIS! VOCÊ VOLTOU MINHA NEGA LINDA9 (Sem preconceito, por favor, chamo todos de nega linda, quando tenho carinho ou admiração). Vamo de power agora! obrigadow! Eu estava ansiosa para isso. Ai meu deus, virei poderosa!

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    1. Kkkkkkkkkkkkk..... I'm Back Now! \°/
      Estou terminando o próximo capitulo e quando o fizer posto...
      Beijos e até! xXx

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