06 outubro 2014

Fates Entwined. | 2º Capítulo: Lying to survive.



 Zayn
Século XIX


Decidi ir á casa de Louis, para pedir conselhos. Ele não renegaria-me ajuda. Apressei meus passos para chegar rapidamente a sua casa, pois Londres enfrentava há semanas um rígido inverno. Que conseguia congelar até mesmo a ponta de meu nariz. As ruas de Westminster estavam infestadas pela neve, que cobria praticamente tudo na cidade.

Chegando no bairro de Louis, pude vê-lo encostado na janela de sua casa, acendendo um cigarro atrás do outro. Aparentava estar mais magro, os cabelos castanhos estavam arrumados e, finalmente, não havia mais nenhum resquício de barba em seu rosto. Aproximei-me cada vez mais do mesmo, e pude observar que seus olhos azuis contrastavam cansaço extremo.

—O que tens, amigo? —perguntei, me sentando na pequena escada da frente da casa.
—Azar. — respondeu, rindo fraco. — Não estou mais noivo.
— Eliza desistiu do casamento contigo?
—O pai dela descobriu os meus pobres. —bufou. — Aquele velho de merda.

Ri pelo nariz. Ele tirou o cigarro da boca e puxou o ar para seus pulmões. Eu estava tão acostumado em vê-lo fumar que não reclamava mais. Até porque eu também fumava. 

—Agora vou continuar tendo esta vida de merda. — ele continuou. — Eu odeio aquele velho. Profundamente, desejo sua morte. — jogou o cigarro no chão. — Mas, o que você aprontou dessa vez? 
—Estou devendo pro Sanchez, e não tenho dinheiro. — respondi. — Devo roubar?
— Deve fugir da cidade. —retirou outro cigarro do bolso. — Todos que devem ao Sanchez, se ficam na cidade, morrem. 

Engoli em seco, e arregalei os olhos. Por que eu entrei nisso? Por que fui tão burro?


(...) 


Estava frente a frente com o velho. Estava nervoso, suava bastante e minhas pernas estavam bambas. Ele transmitia medo. Eu estava tenso.  Ele tinha cordas em suas mãos, e alguns empregados fortes ao seu lado. Seu sorriso sarcástico crescia cada vez que se aproximava de mim. 

— Malik, onde está o meu dinheiro? — indagou.
— Está sendo usado no tratamento de Robertha Findlay.
— Como? Está mentindo novamente? -os homens ao seu lado já começaram a me rodear, engoli em seco. 
— Não. Acredite em mim, Sanchez.
— Depois de tantas mentiras, acha que irei acreditar em você? Quero meu dinheiro.
— Se quiser, amanhã mesmo eu posso traze-lá aqui, e mostrar-lhe o quão grande são seus problemas respiratórios.
— Qual sua afinidade com ela?
— Ela é... minha namorada.

Essa seria a única maneira de convence-lo, mesmo agindo errado. Eu estava envolvendo uma pessoa que mal conhecia nos meus problemas.

— Pois bem, traga esta na próxima festa que haverá em minha casa, no sábado, as 19h. E então começarei a confiar totalmente em você, garoto.
— Obrigado pelo voto de confiança, Sanchez. Será um prazer apresenta-lá ao senhor.

Suspirei aliviado, mesmo tendo ciência de que Robertha poderia não aceitar ir comigo a festa. Não acredito que a coloquei nesta grande emboscada, deveria ter pensado antes de falar aquilo. Nós nem nos conhecemos.


Robertha
One day after

Por iniciativa própria, peguei pinceis e duas latas de tinta branca para ''redecorar'' o visual de minha cozinha. Retirei alguns móveis, com dificuldade, e os deixei na sala fazendo meu refugio transformar-se em um cabaré. 

Comecei a repintar minha parede, e sujei-me completamente. Meus cachos ficaram imundos, por culpa do liquido branco, e eu já começava a cansar-me. Ouvi alguns batidos na porta, e corri para atende-lá, pisando em vários objetos caídos pelo chão. Xinguei de dor. Abri a porta rapidamente e pude me deparar com um Zayn olhando-me aflito.  

— Posso entrar? — ele perguntou. 

Assenti. Dei espaço e assim ele o fez, quase caindo em cima do tapete. Estava surpresa, pensei que ele não voltaria mais. Malik esbarrou em um caixote e eu ri. 

— Pensei que você fosse mais organizada. — ele comentou, analisando a o comodo. 
— Pensei que você fosse menos chato. — lhe respondi, recebendo um leve tapa nas costas como resposta.
— O que está acontecendo aqui? — apontou para os móveis. 
— Estou pintando minha cozinha novamente. — sorri, orgulhosa. — Qual o motivo de sua visita, Zayn? 
— Estava com muita saudade de você. 

Ele riu, e eu o acompanhei. Saí da sala, me direcionando para a cozinha e sendo seguida por ele. Ignorei sua presença ali e continuei a pintar a parede, observando sua sombra sentar-se em uma cadeira. E analisar-me, da cabeça aos pés. E coxas. Me senti constrangida, ele não tinha que olhar nada em mim. 

— Zayn, infelizmente eu não tenho nada para lhe oferecer hoje. 
— Não vim aqui para ser alimentado. 


(...) 


Ele passou o resto de sua manhã ajudando-me a pintar o resto da cozinha. Após fazermos isto, esperamos a tinta secar e colocamos os objetos em seus devidos lugares. Por fim, sentamos no meu pequeno sofá para descansarmos e conversarmos. 

— Pra que você veio aqui, Zayn?
— Quer namorar comigo por uma noite? — arregalei os olhos.
— O quê? Namorar?

‘‘Eu não consegui arranjar o dinheiro que precisava para pagar o tal agiota. Portanto, inventei que gastei as libras com o tratamento da tua doença. E agora, preciso que você finja ser minha namorada, no sábado, em uma festa. Me ajude, Robertha. ’’ Explicou. 

— Você mal me conhece e já me coloca no meio dos teus problemas? — perguntei, tentando não alterar o tom de voz. — Ainda por cima, você brinca com a minha doença, que é extremamente séria. — lhe olhei seriamente. — Qual o seu problema? Qual o problema de dizer a verdade? Qual a necessidade de mentir? 

— Merda, você, realmente, não conhece esse cara. Não sabe o que ele faz com as pessoas. Eu estou mentindo para sobreviver, tente me entender. Eu jamais brincaria com uma coisa tão grave como a sua doença é.   ele disse. — Me ajude, só por uma noite. Depois, eu nunca mais te atormento. 

— Uhm, isso é estúpido.
— Minha vida está em suas mãos. 

Respirei fundo, e bufei. Eu não queria fazer aquilo, mas não queria vê-lo morto.

— Eu aceito, Zayn. 
 — Você é perfeita. 

Em instantes, senti os calor de seus braços envolverem-me. Quase quebrando todos os meus ossos. Retribui o gesto, e sorri. Sempre estou sorrindo. Nos separamos e eu apertei seu braço, tentando recuperar o ar que havia perdido facilmente naquele momento. 


****
Olá, directioners!
O capítulo está pequeno, desculpe :c Comentem, isso me incentiva a continuar *-*
Bj da Caah 

3 comentários:

  1. Aaaaaaaah mds to in love com a Bertha, coisa mais linda *3*
    Só uma pergunta ela tem pais ou ela mora sozinha? Não prestei atenção nisso.

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    1. Ela mora sozinha, os pais dela são um mistério na fic :v

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  2. Desculpa n comentar no último cap, minha net estava uma bosta, mas enfim, eu amo sua fic de paixão. Awn a Robertha é tão graçinha, Zayn seu v1d4 l0k4, como vc mete a garota numa treta dessas? Ass:Juliana XOXO

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